Ontem estava olhando alguns posts antigos e achei legal repostar alguns assuntos, que ainda são atuais e podem ser discutidos mesmo depois de alguns anos. Boa leitura!
Vida no swing é uma das coisas mais caras que eu já vi! Todo fim de semana tem uma festa, ou um aniversário, ou algum evento que vai ser top top top e ninguém quer ficar de fora. Cada evento desse, atualmente, custa por baixo 150,00 só pra entrar. Se quiser beber vai mais uma graninha. Quando é fora da sua cidade ainda é preciso calcular despesas com viagem e hospedagem. Se fizer isso todo o fim de semana quanto se gasta ao mês com o swing? (Nem vem que eu não vou fazer conta, faz você! kkkkk). Esse valor aumenta se considerarmos os gastos adjacentes como roupa, lingerie, sapato, maquiagem, cabelo, valet, combustível, taxi…
Mas brasileiro… ah, o brasileiro… (e eu me incluo aqui porque nasci nesse país) tem uma necessidade absurda de levar vantagem em tudo o que pode. Dá pra burlar a lei e cobrar mais? Vou cobrar. Dá pra se esconder no porta-malas do carro pra pagar só um valor no motel quando estiver com outro casal? Vou me esconder. Dá pra usar fotoshop nas fotos do perfil e transformar uma baranga em Gisele Bundchen? Vou usar. E o resultado disso tudo é decepção, confusão, vergonha.
Não quero dar uma de santa por aqui porque não sou messssmoooooooo! Sou uma diabinha na cama e adorooooo! Mas no que diz respeito à convivência social, somos um casal certinho. A entrada da balada ta cara? Não vamos. O motel não aceita dois casais? Procuramos outro. Usar fotoshop nas nossas fotos? Nem pensar!!
Quando as pessoas começarem a pensar mais com a cabeça de cima tenho certeza que muita coisa vai mudar, naturalmente. Pô, aquela casa de swing tá cobrando muito caro pro single masculino? Não vai. Caramba, tem uma salinha no labirinto que só pode entrar casais? Legal, só entram casais! Na sala coletiva pode tudo? Entra lá quem curte “tudo”.
Mas acho que estou imaginando um mundo perfeito, onde ninguém passa a perna em ninguém e as borboletas estão sempre voando felizes. A realidade é que de um lado as casas de swing precisam ganhar dinheiro pra sobreviver e os casais, do outro lado, nem sempre tem muitas opções de diversão – ou seja, um precisa do outro. E assim o mundo gira, né? Não mesmo! Gira assim só pra quem quer.
Conheço vários casais que raramente vão a uma casa de swing e nem por isso praticam menos swing do que os assíduos frequentadores. Tudo depende do quanto você quer pagar e do que você quer receber em troca. Já gastamos 400,00 numa festa da Madame O e valeu cada centavo. Tem gente que foi na mesma festa e achou que foi um desperdício de dinheiro. Nós jamais pagaríamos 30,00 pra ir num churrascão na lage, mas tem gente que paga e curte pra caramba.
Quer saber do nosso segredinho pra errar pouco? Sempre perguntamos a nós mesmos: essa festa vale tudo isso? Essa casa de swing vale tudo isso? Essa viagem vale tudo isso? Se chegamos à conclusão que vale sim, nós vamos, independente do valor. Se a conclusão for que não vale, nós não vamos, nem de graça. Tem funcionado muito bem pra nós, nos últimos 4 anos só nos arrependemos uma vez de nossas decisões. É… acho que tá bom, né? rsrsrs!
Texto originalmente publicado em 29 de julho de 2013.
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