Eu Sou Uma Chat-Chata

Marina confessa que é chat-chata quando a mensagem não é criativa.

Eu sei que nem sempre estamos na vibe de ser criativos e puxar conversa com alguém, mas se tem uma coisa que me dá tremilique são os benditos chats. Acabei descobrindo que sou uma “chat-chata” porque tenho verdadeiro pavor de determinadas expressões na hora da conversa. Tanto que prefiro não responder pra preservar minha saúde mental (é sim, sou chata mesmo pra esse tipo de coisa).

No começo da era virtual o MSN era item obrigatório em qualquer computador, por ali a galera batia papo instantaneamente. Hoje existem diversos canais com o mesmo propósito: messenger, direct, chats… o problema é que enquanto a tecnologia cuidou de ampliar as opções de mensagens instantâneas, o ser humano ficou stagnado no mesmo papinho barato. Pode ser só um problema meu, mas quando leio chamadas como essas tenho vontade de responder assim:

— Oi, quem tc?

— Sua vó. (Se nem sabe quem chamou pra conversar, pra quê chamou então?)

Outro clássico horroroso:

— De onde tc?

— Do banheiro. (Sério, essa é a coisa mais importante que você precisa saber de mim?)

E que tal esse:

— O que procura?

— Meu brinco que caiu no chão… (Tá falando com Marina e Marcio e não sabe o que a gente procura? Tchau.)

Outra:

— Fala comigo, vc nem me dá bola…

— cri cri… (se vc já tá falando que eu não dou bola quem sou eu pra contrariar?)

E os super elogios:

— Linda, gostosa, delícia…

— Obrigada (é o máximo que vai conseguir de resposta, se estiver de muito bom humor).

Eu sou uma chat-chata. Como eu tenho pavor de falta de criatividade quando o assunto é mensagem instantânea! Esse tipo de “chamada” é um anti-afrodisíaco pra mim, nem respondo mesmo quando está na cara que a pessoa não faz ideia de quem é Marina e Marcio, do que a gente faz, do nosso trabalho… Por outro lado, nunca deixo de responder quando a pessoa tem uma dúvida, por exemplo:

— Oi Marina e Marcio, estou com uma dúvida pode me ajudar?

— Claro! (A pessoa já sabe com quem está falando, sinal de que a conversa pode evoluir).

Ou quando ela quer saber detalhes sobre o swing:

— Como eu faço pra ir numa balada liberal?

— fácil, te explico… (jamais vou deixar um interessado sem resposta).

Mas o que me chama a atenção mesmo, são as mensagens fora do comum:

— E aí, Marina, já escolheu a fantasia pra festa de sábado?

— Ainda não… (olha quanta coisa nessa frase: a pessoa sabe quem eu sou, sabe do que eu gosto, sabe o que eu vou fazer e sabe que estou na dúvida. Esse vale a pena bater um papo!)

Outra interessante:

— Marcio, to curioso pra saber o segredo de comer tanta mulher no swing, existe algum?

— Opa… (mensagem impossível de ignorar, além de mostrar que sabe quem é o Marcio, traz um elogio sutil e elegante).

Enfim, se você também se considera um chat-chato como eu, deixe seu comentário com bons exemplos de começar um bate papo. Quem sabe a gente ajuda o mundo a dar um upgrade e finalmente, deixar o esquema MSN no passado – que é o lugar dele. Humpf!

Beijosssssssss

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Livia
6 anos atrás

Sou dessas também Marina. Detesto gente sem papo. rs
Eu e meu marido acompanhamos sempre vocês por aqui e pelas redes sociais. Obrigada pelas dicas de sempre.
Um beijo

Anaero
6 anos atrás

Marina, estamos indo a Vegas em setembro. Você sabe se há por lá algum clube liberal que valha à pena ir?

Anaero
6 anos atrás

olá casal. Há alguns dias sigo suas postagens e estou passando só pra parabenizar o bom humor, a sensualidade e a forma correta da sua escrita (porque, convenhamos, escrever errado tira o tesão de qualquer um)